quarta-feira, 25 de novembro de 2009

OFICINA TP 5






PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
OFICINA: Estilo e Coerência textual
COORDENADORA RESPONSÁVEL: Leila Simões Amaral Oliveira
FORMADORA: Fabiana Paz
DATA: 12/09/2009
OBJETIVO: Compreender a noção de estilo e como se constrói a coerência.

RELATO DA OFICINA


A oficina de Estilo e Coerência textual aconteceu no dia doze de setembro de dois mil e nove, no colégio José Telesphoro. Iniciou às 8:00horas da manhã.
A sala estava toda decorada com gravuras representando estilos diversos: vestimenta, arquitetura, cantores, etc. Fiz alusão às gravuras mostrando “estilo” como: modo de fazer algo, jeito de se vestir, contar os fatos, escrever, etc.
Escolhi cinco cursistas com “estilos diferentes” para desfilar, 1 pessoa para ser o apresentador do desfile, 1 pessoa para ser o estilista da coleção apresentada e 1 pessoa para redigir uma nota ou reportagem a respeito do desfile. Retirei os escolhidos da sala sem que o restante dos alunos soubesse o que seria feito. Aconteceu o desfile, comentamos o que foi apresentado e falamos sobre estilo no que se refere a roupas, modo de se vestir, etc.
Apresentei em slide um trecho do TP 5 página 13 que aborda Estilo como “O modo pessoal de fazer algo; o conjunto de características de um objeto, de uma época; elegância no jeito de se comportar ou se vestir. Daí as expressões “estilo de vida”, “estilo moderno”, “ter ou não estilo”.
Logo em seguida exibir um vídeo com a propaganda da Bombril onde o apresentador imita personalidades e personagens fazendo o comercial do produto, e a partir daí abriu-se uma discussão a respeito das diferenças percebendo que cada pessoa tem um estilo diferente e particular em relação a fala, postura, modo de vestir,etc.
Apresentei então um slide do TP 5 página 13 sobre “estilística”:
 • O estilo é o resultado de uma escolha dos meios de expressão realizada pelo
falante; nesse caso, é a expressão de uma experiência individual;
 • O estilo liga-se às intenções do falante, ao efeito de sentido que ele quer produzir;
 • A emoção e a afetividade estão presentes no estilo.
Após a leitura, teci comentários a respeito do trecho mostrando que cada autor tem suas particularidades em relação ao uso da linguagem. É possível perceber através das diversas leituras que fazemos ou fizemos. Cada falante utiliza-se da linguagem para expressar-se conforme o meio que vive ou convive. Cada um manifesta-se com marcas próprias.
Apresentei em power point um texto que mostra lápides de diferentes tipos de pessoas cada qual com seu estilo. Entreguei para a turma o texto intitulado “Vários tipos de assaltantes” e pedi que os cursistas lessem e representassem os assaltantes dando o sotaque a cada região conforme o texto. Falei sobre Dialeto e idioleto mostrando a página 18 do TP 5.
Distribui para os cursistas fichas com trava línguas e solicitei que fizessem a leitura em voz alta para os demais e em seguida apresentei slides sobre fonemas e prosodemas do TP página 26:
“Difícil? É o jogo com a sonoridade das palavras o responsável pelo desafio. Observe:
que o sentido desse tipo de texto fica em segundo plano; importa mesmo é o efeito
sonoro obtido pela repetição dos sons. Os sons da língua podem provocar sensações ou sugerir impressões.
Entreguei a cada um a letra da música de Vinícius de Moraes “Lá vem o pato”, onde todos cantaram e ainda assistiram a um vídeo ilustrando a canção. Daí falei sobre aliteração e assonância.
No segundo momento iniciei mais uma atividade com perguntas sugestivas do tipo: “Você elucubrou esta noite?” Ficaram eufóricos. Muito curiosos para saber do que se tratava. Dividi a turma em dois grupos e um dos participantes de cada equipe se posicionou à frente para receber uma ficha com uma palavra e seu significado retirada do “Aurélio” pouco ou não conhecida para formar uma frase de modo que sua equipe teria que adivinhar o significado. A atividade foi muito divertida e prazerosa, esta inspirada no texto “Palavras são palavras” de Celso Ferreira Costa presente no TP 5 nas páginas 36 e 37.
Manuseando o TP, abrimos na página 32 e lemos o indo à sala de aula e refletimos sobre alguns cuidados que devemos ter ao produzir um texto. Percebendo a diferença entre intencionalidade na produção textual que está ligada à estilística e à falta de vocabulário e/ou desconhecimento da língua.
Dando continuidade, exibir um vídeo com a propaganda do “Sustagem” transmitida na rede globo e internet. Esta mostra uma criança pedindo coisas à mãe que comumente não se vê, como: fazer dever de casa ao invés de brincar, pedir legumes ao invés de doces. Então a partir daí refletimos sobre coerência textual. No TP encontra-se nas páginas 74 e 84 o seguinte texto sobre coerência:
A coerência pode ser considerada a possibilidade de atribuir uma continuidade de sentidos a um texto.
Estabelece-se na interlocução e depende de uma multiplicidade de fatores que não estão apenas e exclusivamente no texto, pois o conhecimento de mundo e as experiências prévias das pessoas que o interpretam são alguns desses fatores.
Portanto, a coerência textual tem a ver com a “boa” formação de um texto, ou seja, com a possibilidade de articular as informações trazidas pelo texto com o conhecimento que os interlocutores já têm da situação e do assunto.
Abrimos o TP na pág. 94 e juntos lemos o “Resumindo”. Ainda trabalhamos com uma frase que faltava um ponto e duas vírgulas para ser coerente e os cursistas tiveram que completá-la.
Mostrei slides com imagens subliminares e pedi que os cursistas identificassem as demais imagens presentes e não perceptíveis num primeiro olhar para algumas pessoas. Distribui entre os cursistas logo depois folhas xerografadas para que eles identificassem os erros das gravuras no Jogo dos 7 erros. Após as atividades abordei sobre texto verbal e não verbal.
Trabalhar com o código lingüístico mesclando com os demais códigos desperta a criatividade e a percepção muitas vezes adormecida pela falta de dinamismo na abordagem dos conteúdos. Como diz Ilma Nogueira e Márcia Maria:

"A dinâmica desenvolvida nas salas de aula com textos verbais e não verbais, literários e não literários, com música e etc... faz abordagem ao aspecto discursivo da língua e mostra a lógica da fluência comunicativa lingüística associada a adequação das propostas de produção de textos ao conteúdo diário dos alunos, o que estimula associar criatividade e questões normativas, incentivando um procedimento de utilização de mecanismos lingüísticos na elaboração do discurso com o objetivo de obter maior fluência no texto da língua escrita. O conhecimento prévio da linguagem não verbal demonstra que é um dado necessário para o conhecimento da linguagem verbal. O objetivo da produção de sentido descrito no processo de leitura da imagem procura abordar as possibilidades de realização do segmento verbal por meio das inferências propostas no segmento não verbal através de expressões faciais, gestos, posições, cores, formas e etc... É preciso conhecer previamente a história do texto não verbal para depois construir o texto verbal".

Entreguei aos cursistas a lembrança do encontro e pedi para que fizessem a avaliação da oficina e que estudassem previamente o TP 5 unidades 19 e 20 para a próxima oficina.
Encerrei com um trecho Koch, I. & Travaglia, 1990:

“É a partir dos conhecimentos que temos que vamos construir um modelo de
mundo representado em cada texto – é o mundo textual. Tal mundo, é claro, nunca
vai ser uma cópia fiel do mundo real, já que o produtor do texto recria o mundo
sob uma ótica ou ponto de vista, dependendo de seus objetivos, crenças, convicções
e propósitos.”.

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