quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Oficina de Projeto








PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
OFICINA: Projeto
COORDENADORA RESPONSÁVEL: Leila Simões Amaral Oliveira
FORMADORA: Fabiana Paz
DATA: 29/08/2009
Objetivo: “Discutir a elaboração e as etapas de um projeto.”

RELATÓRIO DA OFICINA DE PROJETO

A oficina sobre Projeto aconteceu no dia 29 de agosto no colégio José Telesphoro. Iniciou às 8 horas da manhã. Comecei dando as boas vindas aos cursistas e fazendo a leitura do roteiro de atividades, provocando a curiosidade e anunciando as atividades que seriam realizadas.
No primeiro momento solicitei a três cursistas que relatassem sua experiência com o “Avançando na Prática”, em sala de aula. Com o propósito de partilhar um tanto das inquietações e reflexões decorrentes das aplicações das atividades em sala de aula.
Fiz o seguinte questionário que já se tornou padrão:
Como você planejou a atividade?
Que dificuldades teóricas encontrou?
Que dificuldades de aplicação encontrou?
Que soluções encontrou para essa dificuldade?
A que resultados positivos você e seus alunos chegaram?
Como você avalia o alcance de seus objetivos?
Você teve oportunidade de discutir essa prática com seus colegas, diretor ou com seu coordenador?
Como vocês avaliaram os resultados?
Os cursistas relataram que à medida que aplicam as atividades estas vão se tornando melhores de fácil aplicação e os alunos demonstram muito interesse. Eles relataram que quando têm oportunidade, conversam com outros colegas que não participam do Programa. O que ainda não se tornou uma prática cotidiana.
Ainda falaram que têm gostado bastante do material teórico e atividades que os cadernos oferecem. As dificuldades para aplicarem as atividades acontecem por conta do currículo já pronto.
Interferi nessa fala e propus a mudança de temas. Se o “avançando na prática” traz um tema e a escola está trabalhando com outro, é possível que seja trocado para atender as necessidades da escola. Já que o programa veio somar e não atrapalhar o trabalho.
Após os relatos, dei continuidade à oficina entregando aos cursistas malinhas com pedaços de papel colorido em formato de nuvens, e pedi para que os mesmos escrevessem palavras que representasse: Algo que causa medo; Algo que o faz feliz; Algo que o desanima; Pessoa importante; Algo que o deixa triste; O que o faz sorrir; Uma preocupação; Algo que te entusiasma; Um sentimento ruim; Um sonho;
Um sentimento bom; Um lugar inesquecível.
Depois de escrever, os cursistas colocaram os papéis dentro da malinha e a mensagem “Bagagem” foi lida e à medida que foram ouvindo-a retiravam da mala um pedaço de papel em forma de nuvem representando um sentimento que anteriormente escreveram. Ao final da leitura questionei sobre os sentimentos que ficaram dentro da mala e fora dela e pedi para que os cursistas relatassem a experiência.
Estes expuseram que realmente sentiram como se estivem retirando e jogando fora cada sentimento ruim deixando apenas coisas boas e necessárias dentro da mala.
O objetivo da dinâmica foi alcançado e finalizei este momento com a música de Raul Seixas “Tente outra vez”, enfatizando a necessidade de revermos nossos conceitos prontos e acabados. Bem como, a importância de mudarmos quando for preciso, começando e tentando outra vez. Os cursistas cantaram com muita emoção. Foi realmente um instante muito gostoso de reflexão.
A sala estava enfeitada com imagens, retiradas de revistas, que representavam projetos, sonhos, planos como: viagens, filhos, trabalho, casa, presentes, etc. Pedi que olhassem as imagens e que visualizassem uma que representasse um sonho.
Questionei-os sobre os momentos em que planejaram algo, das situações em que houve a necessidade de programação. Lembrei-os que nas nossas vidas temos que traçar metas e planos de ação, ter objetivos.
Ainda solicitei que observassem algumas perguntas que estavam afixadas na parede, e deveriam respondê-las pensando no seu projeto de vida. Distribui tiras de papel para as respostas e depois pedi que suas respostas nos respectivos lugares. As perguntas foram as seguintes:
- O que eu quero? (O quê)
- Qual o caminho a percorrer? (Como?)
- O que será necessário? (Quais?)
- É importante? (Por quê?)
- Quando será? (Quando?)
Depois que todos pregaram seus projetos de vida na parede pedi que socializassem as respostas. Alguns querem ter filho, outros construir casa, outros continuarem estudando, etc.
Em seguida houve a divisão de grupo espontânea. Receberam comandas com questionamentos que deveriam ser respondidos e depois socializados com os outros grupos. As perguntas foram retiradas de uma entrevista com o professor Nilbo Nogueira, que fala do trabalho com projetos e afirma que “projetar é sonhar” e não basta sonhar sozinho. Para ele, trabalhar com projetos deve ser uma criação coletiva da coordenação, dos professores e, principalmente, dos alunos. Seguem as perguntas:
• Qual a principal vantagem em se trabalhar por meio de projetos educacionais?
• Existem regras básicas que devem fazer parte de qualquer projeto, independentemente do tema tratado?
• A interdisciplinaridade ou a multidisciplinaridade é um requisito essencial de qualquer projeto?
• Qual a relação entre projetos e temas transversais?
• Que atitude (ou mudança de atitude) o professor deve ter ao assumir um projeto?
• Como encaixar o trabalho com projetos no cronograma apertado e no currículo rígido das escolas?
• Como despertar o interesse dos alunos se eles já estiverem acostumados à rotina de classes e disciplinas?
• É necessário haver classes específicas para os projetos? Ou, pouco a pouco, os projetos acabarão substituindo o ensino baseado em disciplinas?
• Pode-se dizer que um trabalho exclusivamente por projetos é mais eficaz?
• É válido que o professor recorra a projetos sugeridos em revistas ou sites, adaptando-os à realidade dos alunos, mesmo que ele tenha dúvidas sobre como criar projetos próprios?
• Sobre essas adaptações, um mesmo projeto pode se aplicar a todas as idades, apenas variando o grau de dificuldade, como sugeriu Brunner em seu "currículo espiral"?

Os cursistas relataram que é importante trabalhar com projeto por causa do envolvimento de todo corpo escolar e que trabalhar de forma interdisciplinar e multidisciplinar torna o envolvimento ainda maior. Ainda expuseram a importância de o professor saber o que está fazendo para despertar no aluno o real interesse por esse tipo de trabalho.
Apresentei em slides as etapas que compõem um projeto e entreguei a cada cursista uma apostila com essas etapas, a apresentação e as características do mesmo e como eles(cursistas) serão avaliados pelo formador.
Solicitei que fizessem um levantamento sobre os problemas que existem e que mais incomodam no âmbito escolar, e que fizessem uma lista dos possíveis temas para trabalhar. Pedi para que iniciassem a elaboração de um projeto para a sua escola pensando nas necessidades da mesma e qual temática poderá ser observada e trabalhada.
Não deu tempo pedir aos cursistas que construíssem o objetivo da oficina e então mostrei-o em slide.
Pedi que os cursistas avaliassem em grupo a oficina e falei da importância do estudo prévio dos TPS, nesse caso o TP5 Unidades 17 e 18, para a próxima oficina. Encerramos com a música de Geraldo Vandré “Para não dizer que não falei das flores”.

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