terça-feira, 24 de novembro de 2009

OFICINA SOBRE PORTFÓLIO







PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
OFICINA: PORTFÓLI0
COORDENADORA RESPONSÁVEL: Leila Simões Amaral Oliveira
FORMADORA: Fabiana Paz
DATA: 25/07/2009
OBJETIVO: Possibilitar aos cursistas uma reflexão acerca do portfólio como um instrumento de avaliação referente às suas atividades no Programa GESTAR II.

Relato da Oficina


A oficina sobre Portfólio aconteceu no dia vinte e cinco de julho de dois mil e nove no colégio José Telesphoro e iniciou às oito horas da manhã.
Ao entrarem na sala, os cursistas depararam-se com uma grande viola de papel com notas musicais de onde saía a frase “Tocando em frente”.
A sala de aula ainda estava enfeitada com gravuras diversas, trechos da carta de Pero Vaz de Caminha, fotos, palavras, etc.
Entreguei a cópia da música “Tocando em frente” de Almir Sater com trechos da mesma pintados com cores diferentes, o que serviu para a formação de grupos posteriormente. Após a execução da música, procurei sensibilizar a turma com as seguintes reflexões:
Que idéias a música lhe sugere?
A que versos você relacionaria as palavras afixadas na parede:
• DESCOBERTA, CONSTRUÇÃO, CRITICIDADE, REFLEXÃO, DESAFIO, EXPERIÊNCIA, APRENDIZAGEM, DINAMISMO?
• Considerem estas palavras como sendo o GESTAR, associem estas palavras ou outras a algum momento do programa. O que vocês diriam?
A música levou-nos a refletir sobre a importância da atualização constante “Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei”, completo ainda com pensamento de Jhon Kennedy “Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica nossa ignorância”. A vida é feita de aprendizado. Para que este aconteça de forma significativa temos que ousar ir além do que achamos saber. A busca pelo saber deve ser constante. E esta busca nos lança pelos caminhos da descoberta, da construção do conhecimento, da reflexão sobre a prática cotidiana, etc. Como bem pontuava Madalena Freire, “no processo de formação de educadores entendemos ser de extrema importância o registro enquanto ação sistemática e ritual do educador”.
Chamei a atenção dos cursistas para arrumação da sala e questionei sobre a necessidade dos registros em nossas vidas: as filmagens, as fotos, as cartas, cartões, etc.
• Para que registramos os acontecimentos em nossas vidas como em fotos, vídeos, etc.?
• Esperamos que alguém veja/leia?
Todos estes registros recontam nossa história. Leva-nos a perceber nossas transformações, mudanças de atitudes, hábitos, pontos de vista, etc. Bem como prolongar nossa existência, mesmo que faltando a parte física de nós mesmos.
Falei sobre a carta de Pero Vaz de Caminha que estava exposta nas paredes da sala de modo que percebessem a necessidade do registro para nossa vida, para nossa história. Madalena Freire nos diz que “O registro é História, memória individual e coletiva eternizadas na palavra grafada. É o meio capaz de tornar o educador consciente de sua prática de ensino, tanto quanto do compromisso político que a reveste”.

Através de uma tempestade de idéias mobilizei os conhecimentos prévios dos cursistas a respeito de Portfólio. Daí, entreguei a cada grupo um texto sobre o histórico, o passo a passo do portfólio, a importância do registro na formação do educador. Fizeram a leitura, reflexão e em seguida apresentaram o resumo para a turma.
Resumidamente relatando o que foi exposto pelos grupos após as leituras é o que diz Vilas Boas que cita três aspectos que justificam a adoção de portfólio:
1. a construção e o domínio dos saberes da docência;
2. a unicidade entre teoria e prática;
3. a autonomia.
Expliquei a importância do Portfólio para conclusão do Programa GESTAR II, sendo uma construção com marcas pessoais visando refletir sobre a prática diária, acompanhando seus progressos e dos seus alunos e desenvolvimento cognitivo de ambos. Refleti ainda de que maneira a formação continuada tem contribuído para tal. Apresentei as partes que compõem o portfólio, sua formatação e avaliação. Ainda enfatizei com as palavras de Madalena Freire “O registro permite romper a anestesia diante de um cotidiano cego, passivo ou compulsivo, porque obriga pensar”.
Ao final pedi que avaliassem a oficina em forma de “Diário de bordo”, como na carta de “Pero Vaz” escrevendo tudo o que foi exposto na oficina, com clareza, criticidade e ponto de vista. Sugerir a leitura do roteiro como referência.
Falei da importância do estudo prévio dos TPS, nesse caso o TP5 unidades 17 e 18 para a próxima oficina. Lemos o roteiro e o objetivo proposto.
Encerramos com a canção de cidade negra “A estrada”.

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