segunda-feira, 22 de março de 2010

TP 6 - Unidade 21 e 22


PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
OFICINA: TP 6 - Unidade 22
COORDENADORA RESPONSÁVEL: Leila Simões Amaral Oliveira
FORMADORA: Fabiana da Paz.
DATA: 21/03/2010
OBJETIVO: “Identificar e analisar marcas de argumentatividade na organização dos textos. Desenvolver atividades relacionando-as às diversas situações sóciocomunicativas, incluindo os gêneros de textos requisitados.”

A oficina iniciou às oito da manhã no colégio José Telesphoro em Campo Formoso, Ba. Comecei dando as boas vindas aos cursistas e em seguida fiz dinâmica da “chama”. Os cursistas teriam que acender um palito de fósforo e completar as expressões: Que bom... Que pena... Que tal..., enquanto houvesse chama. Eles tiveram que relacionar as expressões ao Programa gestar.
Falei da importância do Programa, enfatizando a formação como ponto essencial para a carreira de todo e qualquer profissional. Como disse Benjamin Franklin:
"Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros."
Devolvi os avançando na prática que os cursistas realizaram e os relatos dos mesmos com as devidas observações para melhoria no que diz respeito à aplicabilidade das atividades em sala de aula, bem como dos relatos para construção dos portfólios.
Senti que a cada avançando, tanto os alunos como os cursistas, vão se apropriando da metodologia e dos conteúdos.
Dando prosseguimento, abrimos o Tp 6 nas unidades 21 e 22 e começamos com uma reflexão sobre linguagem: “Nossas reflexões sobre a linguagem se apóiam na concepção de que usamos as línguas (e a linguagem) não apenas para retratar o mundo ou dizer algo sobre as coisas, mas principalmente para atuar, agir sobre o mundo e as coisas; para produzir resultados a partir de nossas ações lingüísticas”. (p.15). Todo e qualquer uso da linguagem é uma forma de expressar aquilo que sentimos, pensamos e/ou queremos. O ato de comunicar-se é um modo de atuação sobre as coisas, sobre o mundo. Este ato mostra que somos sujeitos ativos e, nossas ações linguísticas nos tiram da platéia e nos levam ao palco para atuarmos nos diversos mundos da linguagem.
(...)ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação lingüística é também basicamente argumentativa. Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas idéias. (p.16)
Refletirmos sobre argumentação e seus tipos, atrelando a teoria a vídeos, imagens e frases que exemplificaram muito bem a cada um. Ainda falamos sobre tese e respondemos várias atividades do TP. Para concluir esta parte, dividi a turma em três grupos (utilizando as cores das balas que entregamos no inicio da oficina) pedimos aos cursistas que produzissem um texto abordando o tema transversal do Tp “Corpo e Saúde”, onde utilizassem um ou vários dos tipos de argumentos estudados na oficina. Assim procederam e depois houve a socialização para os demais. Fizemos a leitura do texto da página 44 e a atividade correspondente e finalizamos este momento com o vídeo dos Melhores do Mundo – “O assaltante e a polícia” fazendo a seguinte reflexão: De que idéia o vídeo pretende convencer o público? Que argumentos são usados para mostrar a validade da tese do vídeo? Como está construída a situação de humor no vídeo?
E daí lemos o resumindo da página 40: “Consideramos, nesta seção, as diferentes formas que os argumentos podem assumir para comprovar uma tese, sem distinguir entre o ato de convencer (dirigido à razão) e o ato de persuadir (dirigido à emoção). O importante é que, na construção do texto argumentativo, todos os argumentos conduzam ao mesmo objetivo e produzam os efeitos desejados no interlocutor.”
A segunda parte que se refere à unidade 22 sobre Produção textual, planejamento e escrita fizemos uma reflexão sobre cada seção:
Seção 1: Aborda os elementos de reflexão e estratégias de atuação em sala, relacionados ao processo de planejamento de um texto. Para tanto, as atividades que visam levar você a refletir sobre seu próprio processo de planejamento relacionando-o com o objetivo da atividade de escrita e a situação sócio-comunicativa.
Seção 2: Fala sobre que as estratégias devem ser variadas em sala para motivar as crianças e adolescentes a planejarem e descobrirem seu próprio estilo de planejamento de acordo com as diferentes situações sócio-comunicativas das quais participam
Seção 3: Esta nos lembra que a produção textual tem como trabalho central a escrita do texto. Todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram,dialogando com seu texto.
Daí, utilizando uma imagem de uma paisagem de um lugar paradisíaco, utilizei a técnica do “brainstorm” (tempestade de idéias) e cada um pode expressar o que sentia, o que lembrava, o que desejava, etc. ao ver aquele lugar, para depois em grupo, produzirem textos: uma equipe uma carta, a outra uma propaganda e a terceira uma poesia.
Infelizmente não houve tempo para a socialização das atividades. Então apresentei o sumário do AAA mostrando a quantidade de atividades interessantes que podem e devem ser utilizadas em sala de aula. Fizemos a leitura do objetivo da oficina, fizeram a avaliação em grupo e encerrei entregando uma lembrancinha e passando uma mensagem em Power point de autor desconhecido “Nova ortografia”.

A Pipa e a Flor (Rubem Alves)


Era uma vez uma pipa.
O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca...
Ô pipa boa: levinha, travessa, subia alto...
Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
- “Vocês não me pegam, vocês não me pegam...”
E enquanto ria sacudia o rabo em desafio.
Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Mas aconteceu que num dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos. Outros dão medo, ameaçam, acusam, quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim elo corpo. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...
Ah! Você não sabe o que é enfeitiçar?!
Enfeitiçar é virar a gente pelo avesso: as coisas boas ficam escondidas, não têm permissão para aparecer; e as coisas ruins começam a sair. Todo mundo é uma mistura de coisas boas e ruins; às vezes a gente está sorrindo, às vezes a gente está de cara feia. Mas o enfeitiçado fica sendo uma coisa só...
Pois é, o enfeitiçado não pode mais fazer o que ele quer, fica esquecido de quem ele era...
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria ser uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa! Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias...
E assim, resolver mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa foi cair, devagarzinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias para que ela dormisse. E ela pediu:
- “Florzinha, me solta...” E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá embaixo.
Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tivesse de ficar plantada no não. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela... Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela flor, sozinha, deixada de fora.
- “Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo...”
E à inveja juntou-se o ciúme.
Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo. E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor aos poucos foi encurtando a linha. A pipa não podia mais voar.
Via ali do baixinho, de sobre o quintal (esta essa toda a distância que a flor lhe permitia voar) as pipas lá em cima... E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início...
Essa história não terminou. Está acontecendo bem agora, em algum lugar... E há três jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
Primeiro: A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar.
- “Não vou te incomodar com os meus risos, Flor, mas também não vou te dar a alegria do meu sorriso”.
E assim ficou amarrada junto à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
Segundo: A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme, e se sentisse feliz com a felicidade dos outros. E aconteceu que um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isso aconteceu, o feitiço se quebrou, e ela voou, agora como borboleta, para o alto, e os dois, pipa e borboleta, puderam brincar juntos...
Terceiro: a pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos abraços da flor. Porque aqueles eram abraços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha, e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.

Congresso de Educação do São Francisco

Nos dias 29 e 30 de janeiro 2010 aconteceu em Petrolina(PE)-Juazeiro(BA) o congresso de Educação do São Francisco . O tema central foi “Dificuldades de aprendizagem: repensando a prática em sala de aula”. Ainda contamos com a presença do maravilhoso Rubens Alves, Tânia Zagury , Max Haetinger, Hamilton Wernek e outros.

Foi um momento de repensar nossos métodos, praticas e concepções em sala de aula.
Por uma educação romântica foi a palestra de Rubem Alves (...)"feridas educacionais podem ser curadas com amor, com respeito, com criatividade". A educação romântica que ele aborda não é aquela que aceita tudo, que acha tudo lindo, maravilhoso, que serve de máscara. É aquela educação que vem da alma do ser humano, que educa para a sensibilidade. E que questiona todos os dias de que forma a prática educacional molda, transforma e contribui verdadeiramente para a vida do educando.

"Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas.
Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes".(Rubem Alves)


“Ensinar é um exercício de imortalidade, de alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra; o professor, assim, não morre jamais”. (Rubem Alves)


domingo, 21 de março de 2010

OFICINA 12-12-09

PROGRAMA GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR – GESTAR II
OFICINA: Confraternização
COORDENADORA RESPONSÁVEL: Leila Simões Amaral Oliveira
FORMADORA: Fabiana da Paz.
DATA: 12-12-09

A oficina iniciou às oito horas da manhã no colégio José Telesphoro em Campo Formoso, Ba.
Nesta oficina juntamos as turmas de Lingua portuguesa e matemática. Ornamentamos um galpão que tem no colégio com enfeites natalinos e distribuímos as carteiras em circulo. Ao chegar cada cursista recebeu uma figura que representa um símbolo de Natal: sinos, estrelas, botinhas, bolas. Todos escreveram uma mensagem e afixaram o símbolo numa arvore de natal que estava presa a um muro.
A formadora de matemática Eliene Bispo fez uma reflexão sobre o verdadeiro sentido do Natal. Daí dividimos a turma em dois grandes grupos que inicialmente deram um nome ás suas equipes: Equipe Estrela e Equipe Sinos e demos inicio a uma competição. Utilizamos as brincadeiras: Você sabia?, Soletrando, Forme a palavra, uma pequena gincana esportiva, etc. Em todas as brincadeiras relacionamos conteúdos e temas de oficinas passadas e sobre o programa. Foi divertidíssimo. Encerramos com um maravilhoso coquetel e em seguida li uma mensagem “A lenda dos Flocos” e daí trocamos mensagens de um ano cada vez melhor e muitos abraços.


Era uma vez um programa...

Nos dias três e quatro de dezembro no campus da Universidade Católica do Salvador aconteceu a etapa final da formação do Programa Gestar.

Os cursistas apresentaram os resultados da formação em sua respectiva cidade, avaliação e a auto-avaliação.

Percebemos que a os resultados foram positivos e que realmente o Gestar II somado à disciplina e competência de cada cursista fez a diferença em cada município.

Ficam as saudades da turma e da formadora!



 
E todos continuam felizes para sempre...

quinta-feira, 18 de março de 2010