terça-feira, 7 de julho de 2009

A insensibilidade brasileira




Parece inegável que o fato maior do mundo atual são as lógicas da exclusão e o alastramento da insensibilidade que as acompanha. Como fazer frente a isso? Imaginemos cruamente algo bastante previsível: no plano mundial e nacional, não há no horizonte do próximo futuro políticas econômicas e sociais orientadas a salvar todas as vidas humanas existentes. Nas condições atuais de produtividade, a fome se tornou um absurdo inaceitável. Mas não existem os consensos políticos para eliminá-la de vez.
No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mundo. Por esses acontecimentos existem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna. Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na família devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação ruim, entre outros.
A Educação é ainda um dos meios mais eficazes de conscientização e sensibilização social necessários para direcionar uma sociedade. Acontece que esta caminha de forma politizada e centrada em uma pequena camada da sociedade. Dessa forma, as classes menos favorecidas são excluídas por não terem como chegar até a escola. E quando chegam, nem sempre há uma continuidade, por inúmeros fatores, os quais citei no parágrafo anterior. Como diz uma frase bastante conhecida “Educação é direito de todos e dever do Estado”. Onde está o Estado? Como se assegurar nos direitos, já que na maioria, os brasileiros são analfabetos funcionais.
Desde muito tempo o Brasil sofre com as desigualdades sociais. Com o regime escravocrata diferenças de classe social entre os que detinham os meios de produção, que eram os colonizadores portugueses e os escravos, que eram a mão-de-obra gratuita para tocar a economia do país, fizeram com que o país se desenvolvesse de uma forma desigual. A elite brasileira sempre foi egoísta, e preocupada cada vez mais em ter, em possuir. O fato é que, as autoridades são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e que gera violência. É preciso que pessoas de alto escalão projetem uma vida mais digna e com oportunidades de conhecimento para pessoas com baixa renda para que possam trabalhar e ter o sustento do lar e educação de qualidade.

Reflexão do texto de Bagno "País emergente, Educação submersa..." de abril de 2009.

Um comentário:

  1. Fabi, que texto bom, hein? Você escreve bem e sua reflexão crítica foi perfeita! Ainda sou um pouco otimista porque acredito que Lula está fazendo a diferença, mesmo que pouco perceptível já que para a classe miserável brasileira - a maioria. As pessoas criticam o governo atual, alegam que ele é extremamente assistencialista. Mas antes ser assistencialista do que não ser nada!
    Beijo

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